26 de out. de 2011

Música de Jader Duarte vence a Vigília do Canto Gaúcho



O encruzilhadense Jader Duarte conquistou mais um importante prêmio no último final de semana quando participou da XXI Vigília do Canto Gaúcho, em Cachoeira do Sul. O festival, realizado pela Associação dos Amigos da Cultura (Amicus) com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento, teve a finalíssima no sábado, 22 de outubro, após a apresentação das 14 concorrentes.
A comissão julgadora foi formada por Jaime Brum, David Menezes Júnior, Rodrigo Bauer, Felipe Radunz e Sabane Felipe de Souza. A grande vencedora “Alma de sanga... Sonho de Rio”, é um chamamé escrito pelo cachoeirense Ezequiel da Rosa, com música e interpretação de Jader Duarte. O evento foi realizado no CTG Os Gaudérios.
Os músicos que participaram da música vencedora ao lado de Jader Duarte foram: Márcio Rosado (violão aço), Ezequiel da Rosa (violão e vocal), Clênio Bibiano (violão e vocal), Matheus Alves (contrabaixo) e Everton Trindade (gaita botoneira).
Conheça todas as campeãs da Vigília do Canto Gaúcho:
1º lugar - “Alma de sanga... sonho de rio”, letra de Ezequiel da Rosa e música Jader Duarte, intérprete Jader Duarte
2º lugar - “Ao clarear do dia”, letra de Walter Severo Velloso, intérprete Adams Cesar e Rainieri Spohr
3º lugar - “Pra aqueles que têm raiz”, letra de João Rafael Chiappetta e interpretação de Jean Kirchoff
Música mais popular: “Pra aqueles que têm raiz”, letra de João Rafael Teixeira Chiappetta e intérprete Jean Kirchoff
Melhor intérprete - Jean Kirchoff, com “Pra aqueles que têm raiz”
Melhor instrumentista - Luizinho Corrêa, com “Um tempo que não é meu”
Melhor tema campeiro - “Casqueador e ferrador”, letra de Hermes Regis Lopes e interpretação de Daniel Cavalheiro e Juliano Moreno
Melhor poesia - “Alma de sanga. Sonho de rio”, letra de Ezequiel da Rosa, intérprete Jader Duarte
Melhor melodia - “O tempo do verso”, letra de Mateus Neves da Fontoura, interpretação de Raineri Spohr e autor da música Clênio Bibiano
Melhor conjunto instrumentista - “Meu destino domador”, letra de João Rafael Chiappetta e interpretação de Adams Cezar

Alma de sanga... sonho de rio
E foi bem assim que o tempo lhe viu a seguir os seus dias...
Às vezes com alma de sanga em outros, com ela vazia...
E viu que um homem calado entregue ao seu próprio estio
Ressente sua alma de sanga chorar por seus sonhos de rio...
Também foi assim que o campo cruzou seu olhar estendido
Mirando um sonho adiante com olhos de sonhos perdidos...
E olhando pra dentro de si querendo ser rio mais à frente
Chorar como nunca se viu porque se perdeu da vertente...
Um homem e mais nada foi visto. Nem sanga, nem sonhos, nem rio.
Apenas mais um entre tantos, perdido em seu próprio vazio!
Talvez um dia seus sonhos depois de muitas andanças
Encontrem um lugar pra ficar num tempo de
nova esperança...
E a alma de sanga que leva sonhando em ser rio novamente
Não chore por algo perdido, mas cante a alegria presente!
E o tempo não mais vai lhe ver seguindo estes dias a esmo
Com o jeito de quem se procura sem nunca encontrar a si mesmo
O campo não mais vai cruzar dois olhos de alguém em estio
Tampouco uma sanga chorando por nunca chegar a ser rio...
Um homem com brilho nos olhos
Verá quem passar bem de perto
Com o peito repleto de sonhos
E os sonhos singrando libertos!

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